Seis dicas para os pais ensinarem os filhos a brincar

Crianças com autismo em particular, têm um déficit significativo e muito específico em sua capacidade de brincar. Para os pais de crianças com TEA, aqui estão 6 dicas para facilitar a aprendizagem de brincar.

1. Planejar as etapas da habilidade de brincar. Infelizmente, no início a brincadeira não acontecerá naturalmente e espontaneamente. A brincadeira de crianças neurotípicas geralmente se desenvolve em uma sequência. No entanto, as crianças com TEA não seguem essa sequência. A maioria dos livros sobre a infância mostra um caminho de desenvolvimento bastante consistente para brincar. Novas habilidades são aprendidas em decorrência das habilidades já existentes no repertório da criança. Portanto, pense nessa sequência de habilidades quando estiver ensinando seu filho a brincar.

2. Usar a brincadeira para ensinar a brincar. Os pais costumam usar o jogo para ensinar outras habilidades (por exemplo, linguagem ou conceitos iniciais). As crianças com TEA têm um déficit central na brincadeira, por isso, reserve um tempo durante a interação com seu filho para realmente ensiná-lo como brincar com os brinquedos.

3. Ensinar que brincar é divertido. Para crianças com TEA, a brincadeira simbólica é muito difícil e, provavelmente, seu filho prefere fazer outras coisas a brincar. Por exemplo, uma criança com TEA pode preferir empurrar um carrinho na rampa de forma repetitiva. É preciso mostrar para a criança que brincar é divertido! Por isso, demonstre entusiasmo e alegria enquanto estiver brincando com seu filho.

4. Brincar de acordo com o nível de aprendizagem da criança. Saber o que seu filho pode fazer ajudará a ensiná-lo o que vem depois. Se seu filho está apenas começando a montar quebra-cabeça, brincar de vivo ou morto pode ser muito difícil para ele nesse momento. Certifique-se que a brincadeira está adequada para a capacidade do seu filho.

5. Mostrar como brincar. É fundamental demonstrar como um jogo ou brincadeira deve ser realizado. Assim como na aprendizagem de outras habilidades, é muito importante dar ajuda, seja guiando a mão da criança ou dando modelo para fazer o que se espera. Aos poucos, a ajuda deve ser retirada e, a criança conseguirá brincar de maneira adequada espontaneamente.

6. Permanecer na mesma brincadeira. Para crianças com TEA, manter-se engajada em uma mesma atividade pode ser muito difícil. Por isso, é muito importante aumentar o tempo de duração de uma brincadeira. A permanência duradoura numa mesma brincadeira é valida tanto para os jogos interativos, por exemplo, jogo da memória ou dominó, quanto para as brincadeiras individuais, por exemplo, pintar ou montar quebra-cabeça. Desenvolver essa habilidade é um pré-requisito para tantas outras tarefas que a criança faz no dia a dia tanto na escola, quanto em casa.

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